16 de dez. de 2010

Um alguém sempre aparece. 4º Capítulo

Quando Peter Carter acordou já estava escuro, não queria mais pensar naquela mulher, isso estava saindo seu controle, se arrumou e saiu sem rumo, qualquer bar que encontrasse ele ficaria, quem sabe assim se distraia um pouco, mas parou em frente à uma biblioteca, ao observar um mulher alta e magra de cabelo liso e preto, os olhos castanhos claros, a boca carnuda, era Lana em frente a uma estante, concentrada sobre os livros, imaginou que ela estaria escolhendo algum, ele ficou imóvel, qualquer uma das mulheres que ele ficava se encontrava nos bares ou boates, nunca em uma biblioteca, ficou fitando-a por minutos, até que o olhar dela se encontrou com o dele, ela estranhou, e lhe deu um sorriso, Peter ficou sem jeito, coçou a nuca para disfarçar, e olhou para os lados, Lana soltou um riso de Peter, fechou o livro e colocou-o na estante, saiu da biblioteca, ao sair pela porta parou e cruzou os braços, e ficou observando Peter, que estava com suas mãos nos bolsos de sua calça, Peter ficou sem jeito, e olhou para outros lugares.
- Peter Carter em frente a uma biblioteca? - Lana solta um riso.
Peter achava o sorriso daquela mulher digno. - O que há de mais nisso? - Faz uma cara de confuso.
- Muitas coisas Peter, ouvi falar muito de você, e pelo que saiba, sua segunda casa é qualquer bar com cerveja, com uma mulher muito gostosa do lado. - Lana fala cínica, o que irrita muito Peter.
- Não sou bem vindo aqui na biblioteca? - Peter passa por Lana, que solta um risinho pelo canto dos lábios, após ele passar por ela, esbarrando nela. Peter entra na biblioteca, mas não sabia por onde começar, fazia muito tempo que não entrava em uma biblioteca, olhou para a bibliotecária, que o olhava com um sorriso largo.
- Peter Carter, você em uma biblioteca? Há quanto tempo não te vejo! -
Peter se sentiu perturbado, lembrou que já saiu com aquela mulher, e ela lhe mandara mensagens muitas vezes. - Sim, mas já estou de saída, só estava olhando o espaço aqui. - E foi virando-se sem jeito, olhou para Lana na porta da biblioteca, com a mão sobre a boca, tentando esconder o riso.
- Peter, não quer sentar para conversar um pouco? - A bibliotecária ainda feliz por ver Peter.
Peter já estava de costas para a bibliotecária, fecha os olhos e se sente encrencado, mas se vira e responde. - Não, muito obrigado! - solta um sorriso forçado, e sai com passos apressados. Lana sai logo em seguida, e solta risos escandalosos do acontecimento, Peter estava sem jeito, coçava a nuca, e olhava para os outros lados tentando disfarçar.
- Até na biblioteca Peter? - e solta um riso.
Peter não soubera responder, Lana fica séria, e olha para o homem que estava a sua frente, aquele homem que todas as mulheres comentavam, se aproximou de Peter devagar, Peter ficou fitando-a, Lana pôs sua mão suave sobre o rosto de Peter, sentindo a barba mal feita, conseguindo enxergar o olhar solitário de Peter observando-a, colocou a outra mão no rosto de Peter, se pôs nas pontas dos pés, e lhe deu um beijo ligeiro, e distanciou seu rosto, Peter a pega pela cintura, aproxima seu corpo, e lhe dá um beijo longo. Ele não sentia desejo do mesmo modo como sentia desejo de todas as outras, apenas queria beijá-la, e continuar olhando aos olhos daquela mulher, que o deixou sem palavras muitas vezes, sentia que aquilo bastava, que era tudo que ele precisava, algo que ele nunca havia visto ou sentido em outra mulher, sentia que precisava mais, queria saber mais sobre aquela mulher que o paralisou.

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