16 de dez. de 2010

Um alguém sempre aparece. 3º Capítulo

Uma lanchonete na esquina, Peter Carter e um amigo sentados em uma mesa de madeira do lado de fora, Peter estava com o olhar distante, já se passara duas semanas desde o dia do bar e não soubera mais de Lana, e nem sequer perguntou a alguém, pois assim estranhariam sua preocupação em saber algo sobre ela, seu amigo Ken Kristen na sua frente estava distraído lendo o jornal, mas mesmo assim, notou Peter.
- Hey Peter, venho observando você... - Esperou que seu amigo dissesse algo, mas só lhe deu uma olhada pelo canto do olho, e retornou a ficar distante - Aquele dia no bar, não sei o que houve com você, mas desde então você anda meio estranho. - Ken esperou resposta, mas Peter continuou distante, depois de poucos segundos respondeu - Também acho. - Lançou um olhar forte ao amigo, arrasta a cadeira bruscamente para trás, e se retira da lanchonete, Ken o observa sair sem entender seu amigo.
Peter chega a sua casa eufórico, não sabia mais o que fazer, precisava falar com Lana, mas como? Não sabia nada a seu respeito, anda pela casa com pressa, sem cuidar com as coisas pelo caminho, abre a geladeira, e pega uma das últimas cervejas que lhe restam, abre-a com pressa, toma dois goles, e fica imóvel, olhando para uma gaveta de vidro, ao ler o que estava escrito no livro enorme dentro da gaveta, solta um sorriso, anda em direção à gaveta devagar, deixa a cerveja sobre a mesa que havia no caminho, abre a gaveta com cuidado, retira o livro que estava ali, "Lista telefônica", e pensou consigo "você é mesmo um burro Peter Carter", se senta no sofá ali próximo, sem tirar os olhos da lista, e logo começa a folheá-la com euforia murmurando "T, T, T", achou a letra T, estava sentindo cada vez mais próximo, "Turner, Turner, Turner, Lana Turner!”, pega o telefone com pressa, antes de digitar, olha a sua volta, viu sua casa total desarrumada, e estranhou ter feito isso por apenas não saber o que fazer, faz uma cara de espanto e logo volta ao telefone, digita o primeiro número, e suas mãos ficam trêmulas, digita o resto, e pôs o telefone ao ouvido, sentia que a qualquer momento seu coração pudesse sair pela boca, até do outro lado da linha uma voz feminina suave atende:
- Oi? - Ele não sabia como começar
- Lana Turner? - Com voz trêmula
- Sim, quem fala?
- Peter Carter. - Após um breve silêncio, Lana diz com uma voz mais baixa
- Que bom que ligou, como tem passado?
- Isso não importa, apenas liguei para dizer que não sei o que aconteceu naquele bar aquele dia, mas isso não deve ocorrer de novo. - Peter sentiu que não se expressou muito bem, não praticava muito em se expressar.
- Eu sei o que aconteceu. - Lana fala com certeza, o que deixa Peter perturbado.
- Não vai acontecer de novo... Tenho que desligar.
Sem nem esperar a resposta, Peter desliga no impulso, e fica observando o telefone, sem entender o que estava acontecendo, minutos depois, se deita no sofá, e fica distante, pensando naquela noite, no bar, nos olhares fixos dela contra ao seu, no jeito em que puxava seu cabelo liso escuro para trás da orelha, logo depois voltando para frente dos olhos, até que adormeceu ali, no sofá.

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