21 de dez. de 2010

Brincando na beira da morte.

“Mamãe, vou brincar com Lucy” Katy sempre ouvia isso de sua filha, mas nunca vira mais ninguém com ela, um dia tentou lhe falar quando Madison veio avisar “Madison, não há nenhuma Lucy”, sua filha a olha horrorizada, “Tem sim mamãe, olhe ela lá na rua”, Katy olhou, não havia ninguém. Um dia Madison voltou do quarto aos prantos “Mamãe, chegou um homem no meu quarto, ele é mal!”, Katy foi ao quarto, não havia ninguém, “Minha mãe veio aqui pra te mandar embora!”, falava Madison para o nada, “Filha, não há ninguém aqui”, Madison bufava de raiva, “É por que ele foi embora agora, mas Lucy teve de ir também”. Dia após dias, Madison sempre vinha avisar que estava brincando com alguém, alguém que não existia. “Mamãe, vou brincar com Duke”, logo mais a noite, “Mamãe, o homem feio veio buscar Duke também”. No outro dia, Katy viu uma reportagem no jornal que lhe chamou atenção, “Ontem, por volta das nove horas da noite, falece o menino Duke Gordon que estava internado no hospital...”, tinha uma foto, chamou sua filha para ver se ela o conhecia, “Sim, o Duke, aquele que o homem feio veio buscar ontem, vou voltar pra brincar com a Teresa”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário